Empreendedorismo

Os 7 desafios do empreendedorismo no Brasil

Empreender no Brasil e abrir um negócio é sonho de muitos. Para consolidar seu negócio no mercado atual é preciso buscar sempre conhecimento e investir em boas ferramentas e métodos de gestão empresarial. Não há uma “receita de bolo” que garanta lucros, por isso é preciso muito trabalho para vencer os desafios do empreendedorismo.

 

Índice:

 

 

A dificuldade do empreendedorismo no Brasil é ainda maior. Existem vários desafios que os empreendedores enfrentam e neste artigo abordaremos sete deles.

 

 

 

1º Alta carga tributária

 

Se o empreendedorismo no Brasil não tiver bom planejamento durante a criação da empresa com relação Carga Tributária correspondente, então ela poderá estar fadado ao fracasso. Vale consultar um contador e saber o que será preciso arcar após criar seu CNPJ. 

 

O regime tributário é pesado no Brasil. A sonhada reforma tributária anunciada pelo governo federal ainda será votada pelo Congresso.

 

Fazer uma pesquisa especializada sobre a possibilidade de enquadramento em um regime tributário mais leve como o Simples Nacional e sobre a isenção de certos impostos como no caso do Microempreendedor Individual pode ser útil para ter um certo alívio financeiro.

 

O porte da empresa e atividade do próprio negócio contam como critérios objetivos para ser aceito nesses modelos de tributação.

 

 

O Brasil possui uma legislação extremamente complexa com relação aos impostos, com muitos detalhes e variações sobre a população economicamente ativa gerenciado pela Receita Federal.

 

 

Esteja sempre atento ao acompanhar a parte fiscal de sua empresa. As situações mudam constantemente. 0 que foi mais favorável no início, por exemplo, pode não ser mais vantajoso em determinado momento. Consulte sempre um contador de confiança. 

 

2º Falta de estímulo de crédito

 

É comum que o empreendedorismo no Brasil não consiga facilmente incentivo financeiro com taxas de juros muito baixas. Por isso, é fundamental planejar bem a vida financeira da empresa e fazer o controle de gastos constante.

 

Acontece que muitas pessoas precisam do pontapé inicial para começar suas atividades como empresários e donos da própria empresa.

 

Fazer uma minuciosa análise de mercado é importante antes de começar a empreender

 

A análise do mercado precisa ser feita por um profissional especializado, geralmente economista, o que gera um custo extra. Porém, com o auxílio desses profissionais, fica mais fácil de conseguir recursos e investir na sua empresa com melhores taxas. Uma dica fundamental é sempre fazer um plano de negócio. 

 

 

Para o controle fiscal e contábil também é indicado usar um sistema de gestão, que permitem atualização de dados em tempo real. 

 

3º Concorrência alta

 

Um dos principais desafios do empreendedorismo no Brasil é a concorrência forte presente no mercado brasileiro.

 

O ambiente é cada vez mais competitivo para os empreendedores, o que torna a entrada no mercado muito mais complicada. Por conta disso, é difícil a empresa conseguir chegar a um equilíbrio financeiro e é preciso ter uma reserva inicial para conseguir se manter competitiva.

 

Lembre-se que muitos já começaram a empreender no seu segmento antes de você

 

Os concorrentes no Brasil geralmente já são os grandes empreendedores e conhecidos por seus produtos, preços, entre outros. No entanto, isso não é motivo para desanimar: você deve analisar e buscar sua forma de diferenciação dos concorrentes mais fortes, a fim de conquistar seu próprio público-alvo.

 

4º Grande possibilidade de fechamento da empresa

 

A probabilidade de uma empresa fechar no Brasil é maior entre os empreendedores que estavam desempregados antes de iniciarem seus negócios.

 

Quanto menor o planejamento, maior a probabilidade da empresa fechar. São muitos os fatores que podem contribuir como:

 

  • Não conseguir fornecedores ideais;
  • Não manter diferenciação entre os concorrentes;
  • Deixar de cobrar os preços corretos de produtos e serviços, perdendo lucro;
  • Deixar de identificar o público-alvo corretamente;
  • Ter o lucro muito baixo sem possibilidade de reinvestir;
  • Não fazer plano de negócio;
  • Não medir seu capital de giro corretamente.

 

Dados do IBGE de 2014 mostram que mais da metade das empresas que foram abertas no país são fechadas antes de completarem cinco anos de vida. É um tempo muito curto considerando todo o investimento e dedicação envolvidos.

 

Caso você fique um dia nessa situação, saiba a melhor maneira de buscar a recuperação judicial ou extrajudicial.

 

5º Burocracia para empresas

 

Outro desafio do empreendedorismo no Brasil a ser enfrentado é a morosidade para legalizar uma nova empresa.

 

É comum ouvirmos que a burocracia no Brasil para abrir uma empresa ou iniciar negócios é gigantesca. É, por esse motivo, que muitas idéias não saem do papel. O Brasil é um dos países mais burocráticos quando se fala de abertura de empresas.

 

De acordo com informação do Global Entrepreneurship Monitor, órgão sediado nos Estados Unidos e ligado ao Banco Mundial, em 2017 o tempo médio para abertura de empresa no Brasil é de 79,5 dias e envolve cerca de 11 processos. Enquanto isso, a Austrália permite que novos empreendimentos sejam abertos em menos de 5 dias.

 

A diferença é grande e afeta todos os brasileiros, de certa forma, que demoram a conseguir iniciar um novo negócio.

 

Estamos falando de processos, formulários, entrada de documentos para CNPJ, CNAE, comprovante de inscrição e de situação cadastral entre muitos outros.

 

Uma verdadeira maratona!

 

Isso sem contar as diferentes regras na contratação de mão de obra. Contudo, desde a reforma trabalhista, muita coisa mudou na CLT. Isso é um ponto positivo para quem quer contratar.

 

6º Escolher um nicho que o empreendedor goste

É comum ouvirmos sobre pessoas que escolhem cursar determinada área porque “dá dinheiro”, no entanto, se você não tiver nenhum tipo de afinidade com a área escolhida não conseguirá ter satisfação pessoal e se manterá apenas por obrigação.

O mesmo pode acontecer na empresa, podendo resultar em falência. Isso acontece porque muitas pessoas ouvem dicas de terceiros sobre a situação do mercado para determinado nicho. Por vezes essas acabam não se concretizando se não houver satisfação em se dedicar ao negócio.

É necessário uma pesquisa de mercado detalhada, há tipos de empreendedores, e cada um tem suas características, experiências, valores que inserem na empresa, tornando cada trajetória única, então não é porque você conhece um empreendedor que obteve sucesso em algum setor que sua empresa teria o mesmo resultado.

Empreender é doar seu sangue, seu suor e seu tempo para dar forma à sua vontade de ganhar dinheiro.

7º Conseguir fazer a gestão empresarial

Quem iniciou no empreendedorismo no Brasil costuma ter dificuldades de fazer a gestão financeira e administrar tudo sozinho.

Cuidar do marketing, do controle de vendas, da frente de caixa, do controle financeiro, da gestão de pessoas, do controle de estoque, entre outras coisas pode não ser muito fácil. Isso exigiria um conhecimento múltiplo, o que dificilmente se tem quando não há experiência anterior. Com o tempo, é claro, a dificuldade diminui devido as situações diárias.

Para agilizar esse processo, é comum que os empresários busquem ajuda com gestores experientes,  através de palestras e eventos do gênero, ou através de parcerias ou mesmo investidores.

É comum também recorrerem a contadores, assessorias jurídicas e outros tipos de profissionais com conhecimento aprofundado em sua áreas.

Manter contato com pessoas dessas áreas e procurar participar de eventos direcionados a startups é um boa forma de conseguir orientações iniciais.

Há diversas ferramentas disponíveis no mercado como o sistema ERP online, por exemplo. Ele pode ser usado até mesmo gratuitamente e auxiliar na:

Empreendedores na Quarentena

Se o impacto sobre a vida humana é negativo, ainda não é possível afirmar todas as consequências dos impactos econômicos causados pela crise do novo coronavírus no Brasil, mas a falta de acesso crédito bancário para as micro e pequenas empresas do país obrigam os empreendedores tomar medidas de contenção de despesas e racionalização de custos.

A expectativa do mercado financeiro para o recuo do PIB, o Produto Interno Bruto, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país.

Dessa vez, a previsão de queda passou de 4,11% para 5,12%. A estimativa consta do boletim Focus, publicação divulgada semanalmente pelo Banco Central, com a projeção para os principais indicadores econômicos. A previsão para o crescimento do PIB em 2021 segue em 3,20%; e para 2022 e 2023 continua em 2,50%.

O Valor das Micro e Pequenas Empresas no Brasil

Representando o grupo empresarial mais frágil diante da crise de Covid-19, de acordo com dados do Sebrae, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) têm 27% de participação na formação do Produto Interno Bruto nacional e respondem por 52% dos empregos com carteira assinada.

Considerando os números e riscos as MPEs são empresas menos preparadas para situações críticas devido à estruturação e quadro enxuto, grande parte voltada para sustento familiar do empreendedor.

Mudança de hábitos

Segundo especialistas, algumas podem ser obrigadas a demitir funcionários e fechar as portas, pois com o isolamento social, hábitos e prioridades de consumo foram modificados e, consequentemente, o dinheiro passou a circular com velocidade muito menor na economia.

As micro e pequenas empresas têm papel fundamental na economia

“O Brasil ainda está vivenciando a entrada na tempestade, enquanto alguns países estão saindo, como China e Coréia do Sul. É evidente que ao sair da tempestade, o efeito da crise causará dor durante algum tempo, em vários sentidos. Para tentar minimizar os impactos, as micro e pequenas empresas podem tomar algumas medidas”, comenta Otaniel Martins, consultor econômico.

Transformar-se rapidamente

Com a pandemia, há novos modelos de negócios e canais de comercialização. Os empreendedores que ainda não possuem ferramentas e canais digitais devem refletir sobre isso. Os novos canais tornaram-se importantes fontes para o fortalecimento de receitas.

Hoje, conforme diversas pesquisas revelam, há um crescimento nessas demandas e é importante enxergar essa oportunidade dentro do negócio, adaptando para manter o funcionamento e a fidelidade dos clientes.

Os canais digitais aumentam ainda mais sua influência na vida de todos, seja para comprar itens de primeira necessidade, seja para se relacionar socialmente. É uma revolução causada pelo fato de pessoas passarem mais tempo em casa. Ou seja, as coisas que não eram prioridades no passado passaram a ter outra dimensão agora.

Low Touch Economy

Uma empresa que não está apta a compreender essa mudança, conceber uma adaptação de seus produtos, crenças e modo de operar, está fadada ao fracasso. Ao perceber que algo está segurando o crescimento do negócio, um bom empreendedor sabe reagir de forma rápida para mudar o que for preciso. Apegar-se às próprias ideias de forma obtusa não combina com quem quer empreender nesse cenário.

Portanto, se necessário, transforme-se e aposte no empreendedorismo digital na low touch economy!

Visão além da crise

Quem lidera uma micro ou pequena empresa, a prioridade máxima deve ser manter a família e os funcionários em segurança. Nesses períodos de dificuldades, é preciso rever os processos da empresa, conversar com a equipe e ouvir o que eles têm a dizer, além de observar pontos de melhoria, analisar formas de redução de custo com fornecedores, pode ajudar a segurar o negócio durante esse período de dificuldades.

Aprimorar a qualidade do serviço, buscar treinamentos e melhorias não percebidas antes. Além de evitar desperdícios de tempo e de mão de obra.

Não ignore as mudanças no mercado

Empresas falham quando não estão resolvendo um problema do mercado. Muitas vezes, o empreendedor tem uma grande ideia e uma ótima estrutura tecnológica por trás, mas essa solução não atende as necessidades atuais do mercado consumidor.

Portanto, apesar de difícil, essa também é uma grande oportunidade para fomentar esse conceito e toda a sua cadeia em nossa sociedade. Afinal, gera mais empregos, fluxo de capital, amadurece a estrutura de investimentos em pequenos negócios, entre outros benefícios. 

O empreendedorismo em diversos setores precisa aproveitar oportunidades. Na área de decoração e arquitetura, por exemplo, certamente vai haver demanda por pequenas reformas e adaptação de casas às necessidades do home office. Uma vez que o modelo de trabalho também passou por transformações.

Vislumbre!

Além disso, aspectos da economia colaborativa, tão em alta antes da pandemia, também serão impactados. Itens como: transporte e acomodação precisarão se adaptar para continuarem atraindo consumidores.

O empreendedorismo no Brasil por vezes é marcado pela contínua cooperação entre diferentes partes

A mudança também inclui uma maior aproximação com seus fornecedores, reconstruindo a relação mais próxima da sua empresa. Eles podem se tornar parceiros e fazerem parte do negócio. Isso também deve ser levado em consideração fora dos períodos de crise.


Conclusões

Em resumo, esses são os sete maiores desafios do empreendedorismo de alto impacto inicial a serem enfrentados no Brasil.

É possível evitá-los? Não. Contudo, conhecê-los os torna menos assustadores. Com a devida ajuda e boa gestão é possível superá-los de forma que não afetem tanto seu negócio e o desenvolvimento econômico.

Por fim, o cenário para empreendedores brasileiros não é muito favorável, mas com o devido planejamento, foco no negócio e busca de conhecimento constante é possível driblar a crise e alcançar o sucesso, independente das atividades econômicas escolhidas.

Redação FoxManager

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