A pandemia de Covid-19 obrigou muitos empreendedores a buscar se reinventar. Com o isolamento social ocorreu uma aceleração de alguns processos que, em alguns casos estavam presentes, mas agora são realidade na rotina dos negócios. Confira abaixo o que deve se tornar tendência no mundo pós-pandemia.
Primeiramente, podemos citar o trabalho remoto. Ele é algo que está consolidado neste “novo normal”. Mas você sabe quais outras tendências dos negócios pós-pandemia?
Este artigo apresentará sete maneiras de trabalho que vieram para ficar.
Como citado anteriormente, o já conhecido home office veio para ficar. Muitas empresas utilizavam a maneira de trabalho, mas com a necessidade de distanciamento social, ocorreu uma aceleração e foi a forma que as corporações mantivessem as rotinas de trabalho.
DICA
Tecnologia pode ajudar na gestão empresarial integrada. Saiba como!
Entenda, a tendência é que, mesmo após a pandemia, o trabalho em home office continue no Brasil. O não tão novo modelo oferece vantagens para empregados e as empresas.
Um estudo realizado com cerca de 1.566 profissionais de diferentes áreas apontou a satisfação de colaboradores com o home office.
A pesquisa realizada pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade São Paulo, FEA-USP, mostrou que 70% dos participantes gostariam de permanecer em home office. E isso mesmo quando tudo voltar à normalidade pós pandêmica.
Dentre os aspectos favoráveis pela continuação do home office, pesou a questão do deslocamento diário, bem como o quanto o ambiente de trabalho em casa oferece boas condições de saúde e segurança.
O estudo, realizado em parceria com a Fundação Instituto de Administração- FIA, ainda revelou que mais da metade dos entrevistados ainda não possuíam qualquer contato com a rotina de trabalho remoto.
Além do home office, outra mudança nas empresas tende a ser a adoção de uma nova hierarquia.
Em resumo, a tendência é que o modelo tradicional seja substituído por um modelo colaborativo. Neste caso, conhecido como “wirearquia”, quando a liderança é transitória e dada por projeto.
E essa descentralização do poder nas empresas, está em fase de teste durante a quarentena até porque não existe a convivência física no dia a dia. Com isso, muitos líderes estão diante da necessidade de delegar mais do que antes.
No entanto, conforme revelou a pesquisa da FEA a atitude das chefias pode ser um entrave. Cerca de 20% dos entrevistados, por exemplo, responderam não estar satisfeitos com a atuação da chefia.
A questão denota a necessidade em investimento na cultura de experiência de usuários, gestão por resultados, e treinamentos adequados.
A prática colaborativa de tarefas deve ser mais e mais desenvolvida para que os resultados ocorram.
Dessa maneira, vale lembrar também que a tecnologia é aliada de primeira hora dos novos negócios. Ou ainda, os ajudou na consolidação de modelos de negócio já presentes no mercado.
O uso de sistemas de gestão integrada, por exemplo, são ferramentas essenciais na hora de realizar a gestão empresarial correta.
Porém, com a pandemia, a atuação online foi uma maneira crucial de as empresas conseguirem manter seus negócios.
sistemas de gestão do tipo ERP devem ganhar ainda mais espaço
Mais que isso, os serviços online têm sido uma nova tendência: consultas, cursos, serviços de entretenimento, lives via celular, etc. São muitos os exemplos de atividades que se tornaram comuns pela web.
Enquanto isso, a inteligência artificial, RPA e machine learning cresceram durante a crise. Trata-se de uma tendência nos negócios que foi acelerada durante a crise e continuará na pós-pandemia.
O uso dessas ferramentas têm objetivos variados. Pode ser desde avaliação de processos, projeção de ondas econômicas, avaliação de trabalhos realizados e etc.
A prestação de serviços como mentoria online também virou uma tendência neste período. O isolamento de funcionários levou a busca por mentoria de diversos profissionais especializados.
Foi uma maneira que estes profissionais altamente qualificados encontraram de passar seus conhecimentos. Os canais preferidos de uso para tal são vídeos, cursos, e-books, webinars videochat e chat.
Foram muitas plataformas que ganharam popularidade nesse sentido, como o Zoom.
O mercado varejista tem adotado o omnichannel (que significa estratégia de conteúdos em múltiplos canais). É uma maneira de atendimento que visa a integração de todos os canais de atendimento online e offline.
A tendência é que os consumidores tenham uma aderência maior às lojas virtuais e prefiram comprar de suas residências, e evitem mais os estabelecimentos físicos.
Isso se refere especificamente a consumidores classificados como baby boomers e da Geração X, que antes utilizavam pouco a internet para compras.
empresas devem apostar em estruturas de atendimento multicanal
Mas com a tendência multicanais, o cliente agora utiliza o comércio online para escolher e comprar o produtos no ambiente virtual.
Sendo assim, os empresários precisam também transformar os seus estabelecimentos em e-commerce.
Outra tendência pós-pandêmica é o resultado do distanciamento social. Isso fará com que cresça a economia de ‘baixo contato’ ou de ‘pouco contato’, em inglês, Low Touch Economy. Essa nova maneira vinha ocorrendo de maneira gradual, e o serviço de delivery é um exemplo claro.
A tendência em gestão empresarial da low touch economy é uma realidade
O termo é usado para o fluxo de capital que não depende de um contato direto entre clientes e vendedores. Este modelo de negócios tem crescido nos últimos anos e a tendência é ser assimilado de vez pelas corporações.
A pandemia do novo coronavírus deixou cerca de 800 milhões de estudantes afetados pelo isolamento social, de acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Esse cenário, aparentemente desesperador, nos revela maneiras de readequação das formas de ensino.
No mundo corporativo não é diferente, as grandes e pequenas empresas, que antes investiam em T&D (treinamento e desenvolvimento pessoal) presencial, agora encontraram maneiras de capacitação digital.
Assim como no sistema educacional durante a quarenta e que é uma tendência do pós-pandemia, os profissionais utilizaram uma outra maneira de se aperfeiçoar sozinhos em casa.
É o conceito chamado de educação continuada ou, em inglês, lifelong learning (aprendizado ao longo da vida). É uma maneira “self service” de aprender.
Vale destacar que o período em isolamento fez com que os cursos tiveram um “boom”, principalmente por estarem à disposição com preços acessíveis ou mesmo de forma gratuita.
Para se ter uma ideia, 46% dos brasileiros, ouvidos em pesquisa da Pearson, empresa global de aprendizagem, disseram que aprendem sozinhos. Ou seja, com o “faça-você-mesmo” utilizando a internet para adquirir uma nova qualificação.
No mundo, de acordo com a entidade, existe uma concordância de que as pessoas precisam continuar aprendendo para se manter atualizadas durante a carreira.
A pesquisa apontou, por exemplo, que 88% dos brasileiros abraçam o lifelong learning. Ainda falando no Brasil, 84% gostam de se reinventar com o aprendizado de novas habilidades, e 72% querem continuar ativos após a aposentadoria, na busca por uma outra chance no mercado de trabalho.
Os profissionais que estão em home office e não se sentem contemplados por estas tendências não devem se sentir culpados por não se adequarem, mas devem estar cientes que o mundo corporativo mudou.
E isso também vale para empresas de todos os portes com uma estrutura rígida e hierárquica pouco flexível e avessa a mudanças.
Por fim, tendências são correntes que espelham o mundo à volta e os hábitos em constante estado de transformação, não fique para trás.
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