Empreendedorismo all line: o varejo do futuro é agora
A abertura do comércio em todo o Brasil está começando a acontecer. No entanto, isso não significa que as vendas do varejo vão voltar ao volume que eram na pré-pandemia. O empreendedor do segmento varejista precisa ficar atento às outras maneiras de vender se não quiser ficar para trás. Empreender é um ato contínuo de atualização e mudança de paradigmas, e a crise do coronavírus apenas acelerou um processo inevitável: o da junção do varejo físico com o online. Aceite, que é melhor!
Neste artigo do Blog FoxManager vamos mostrar como os hábitos de consumo foram transformados nos últimos meses. Essas mudanças devem apenas se acentuar nos próximos meses e anos. Aquele seu cliente fiel, que sempre aparecia em sua loja para comprar as mesmas coisas, aprendeu que pode fazer a mesma compra no conforto do seu lar. E é preciso que o varejista esteja atento para buscar a clientela onde ela estiver.
O empreendedor tem a obrigação de mudar também para não correr o risco de fechar as portas. Isso é, no sentido literal e figurado. Absolutamente qualquer coisa pode ser adquirida por sites, Whastapp, páginas em redes sociais ou telefone.
Quanto às vendas no balcão… estas vão continuar, de uma maneira diferente. E tendo que lidar com as limitações de nosso tempo.
Portanto, esqueça por um instante os conceitos vigentes até então de vendas físicas e vendas online. Concentre-se no que se chama de vendas all line, que agrega os dois serviços, pois o presente e futuro é esse.
Empreendedorismo all line
O que vem a ser um empreendedorismo all line? O conceito é a estratégia de comunicação e marketing a qual não separa o atendimento online do offline - entenda-se aqui, como o balcão de sua loja - isso porque é imprescindível que qualquer empreendimento que tenha uma ambição um pouco maior tem de ter seu perfil digital em ao menos um dos diversos canais disponíveis hoje.
O que antes era apenas estratégia diferencial da marca, se torna obrigatória em tempos de pandemia.
Dentre as diversas mudanças enfrentada por todos do mundo está a da limitação de trânsito imposta pelo coronavírus. Sim, o ato trivial de acordar de manhã, sair à rua e caminhar 50 metros até a padaria mais próxima se tornou um risco. Ir ao shopping em um fim de semana com uma multidão? Esqueça. Procurar itens mais baratos no centro da cidade entre as inúmeras lojas ou camelódromos durante a crise? É bom repensar.
Lojistas sofrem
É compreensível que o empreendedor queira a reabertura do comércio. Afinal, todo o seu modelo de negócio está baseado no atendimento físico ao cliente. Desde os produtos expostos na vitrine da loja e até a questão do tão batalhado ponto comercial conquistado à duras penas, com anos de trabalho.
No entanto, este mesmo empreendedor precisa compreender que os últimos meses obrigaram seus clientes a procurar outras maneiras de comprar. Com mais comodidade, rapidez e a segurança de não sair de casa. Não queremos dizer aqui que as vendas em lojas físicas irão acabar e tudo será feito online. Não!
Lojas do varejo física tendem a mesclar características do comércio eletrônico para lidar com clientes cada vez mais diferenciados
O empreendedorismo all line não exclui, ele agrega os tipos de atendimento, as maneiras de atender e as formas de pagamento.
Dessa maneira contemple a seguinte situação: ter disponível um atendimento físico em seu ponto de venda, mas criar canais online de vendas sem necessariamente se tornar um e-commerce. Você vai oferecer os mesmos produtos ou serviços da mesma maneira, unindo o que antes não havia.
Como disse antes, as vendas pela internet já abrangem todos os tipos de produto. Isso lembra um dos lemas mais antigos de marketing e vendas: ir onde o cliente está.
O comércio online se solidifica no varejo
Para o bem e para o mal, o coronavírus promoveu grandes transformações, principalmente no consumo, e as empresas precisam se adaptar a isso o quanto antes para não sofrerem mais.
A principal transformação esperada está nos hábitos de consumo dos brasileiros. Com o isolamento social e a recomendação de ficar em casa o máximo possível, muitas pessoas precisaram aderir às compras pelo e-commerce. Principalmente itens de supermercado e farmácias (e segmentos não tão populares como moda e eletrodomésticos).
O empreendedor do mercado varejista deve estar aberto às mudanças que irão mudar drasticamente a experiência do cliente nas lojas físicas e virtuais
A lista de segmentos que tiveram de expandir a atuação na web por causa da pandemia de covid-19 é grande. Algo impensável há alguns anos, em 2020 muitos consumidores resolveram comprar ovos de Páscoa pelos canais online. Houve um aumento de 52% nas vendas do e-commerce.
Principal vetor de vendas
Assim, o comércio online surge como o meio principal de vendas, fazendo os empresários buscarem modos de fidelizar antigos clientes e, principalmente, atrair cada vez mais quem utilizou essa opção pela primeira vez durante a quarentena. Quem não estava acostumado a comprar online precisou se render devido à praticidade e à recomendação de ficar em casa.
Segmentos do varejo que ainda não estavam adaptados a esse cenário tiveram que correr para não diminuir o faturamento e aumentar o campo de atuação. O coronavírus promoveu a transformação digital em muitas empresas que ainda resistiam a esse conceito.
A recuperação da economia para vendas físicas
Os especialistas preveem que a atividade econômica terá um comportamento em “U” ou “V”, em que há queda brusca, mas recupera-se a partir da normalidade até o fim de 2021.
Essa recuperação, no entanto, não será linear. Como se fosse atingir igualmente todos os setores de atividades, embora todos tenham sido afetados. O coronavírus em alguma medida, atingiu todos.
Existem áreas que acompanharam a evolução dos mercados. Por estarem mais preparadas tecnologicamente e diversificarem atuações e canais, conseguem, estar mais fortes neste momento de crise.
O varejo do comércio eletrônio aflorou nos últimos meses
Por isso,é preciso que haja uma preparação do varejo físico para atuar também como comércio all line pensando não somente no curto, no médio, mas a longo prazo. Quem estiver preparado para atender seus clientes e realizar vendas sentirá menos os efeitos futuros que o legado do atual momento deixou.
A pressão econômica obriga a mudança
O segmento de consumo, como varejista, alimentício, automotivo etc, será pressionado a adotar alternativas tecnológicas. São elas que permitem ao consumidor adquirir produtos/serviços com conveniência, rapidez, sem deslocamento e segurança.
Estes já são os setores mais afetados pelo período atual, já que muitas questões passarão a ser debatidas: trabalho, deslocamentos, produtividade, posses, compras, digitalização, processos e modo de vida, entre outros.
Assim, mesmo com o atual processo de reabertura, as pessoas ainda ficarão receosas com aglomerações. Sem contar as conversas próximas e contato pessoal em geral.
E esse é o principal motor de mudanças nos processos de digitalização. É isso que poderá marcar o mundo pós-covid-19, reduzindo a burocracia e acelerando operações.
Conclusões
Em resumo, continuar com sua operação do varejo físico sem pensar em agregar um atendimento digital e criar um all line na espera de dias melhores no pós pandemia é um tiro no pé do varejo físico. Além disso, por mais que amanhã se acha uma vacina para a covid-19, o que é improvável, vai demorar anos até a economia recuperar sua pujança da era pré-pandemia.
Por fim, não faz sentido algum possuir um negócio offline no entorno de um mundo cada vez mais digital.