O empreendedorismo na era da low touch economy
O mundo tem passado por transformações de comportamento profundas desde o início do ano. Em poucos meses, nossa forma de viver, se relacionar, de comprar e de empreender foram impactadas. Uma empreendedor deve sempre enxergar oportunidades onde os outros veem apenas problemas.Por isso, é hora de vislumbrar seu negócio segundo a low touch economy. A maneira inteligente de se aproveitar das restrições de ir e vir ao qual a sociedade está submetida.
A mera ideia de empreender sem levar as restrições sanitárias e prevenção a saúde em conta é absurda. É importante repensar como você pode adequar o modelo de negócios a esta realidade.
Além disso existe a estruturação de sua gestão empresarial. Não incluir em seu plano de negócios a automação de processos é um tiro no pé.
Se este é o seu caso, pare tudo. Volte duas casas. Respire, e leia sobre a low touch no empreendedorismo neste artigo do Blog FoxManager.
O que é low touch economy, afinal?
Primeiramente, a low touch economy em uma tradução livre pode ser entendido como economia de pouco contato, ou economia de baixo contato. Ela refere-se a nova etapa do mundo capitalista onde há pouco contato físico entre quem vende e compra no dia a dia.
Em segundo, podemos entender que o low touch permite uma maior interação dos seus clientes no espaço virtual onde você oferece um produto ou serviço sem o auxílio de um vendedor para acompanhar todo o processo. Ou seja, o Custo por Aquisição de Cliente, CAC, é menor.
Dessa forma, a experiência do usuário com sua empresa ganha mais importância dentro do processo no funil vendas.
Onde ele está inserido hoje
Olhe em sua volta e reflita sobre o que tem acontecido nos últimos tempos. Seu trabalho é em home office, suas compras são realizadas em e-commerce, seu pedido de remédios é feito em um chat no site da drogaria, seu momento de lazer está em assistir séries no streaming, seu jantar é comprado pelo app do iIFood, as roupas novas você negocia diretamente com o vendedor que as expõe no Instagram e os webinars que você anda assistindo pelo Zoom.
Essa forma de viver não te diz nada a respeito?
Neste contexto em que vivemos, tudo isso faz parte da low touch economy.
Sendo assim, estamos falando de negócios que, ou já estavam preparados para situações de distanciamento social, ou souberam adaptar muito bem o que eles ofereciam fazendo o uso de ferramentas tecnológicas.
Tudo o que você deseja a poucos toques do dispositivo móvel
Não pense que isso serve apenas para modelos de negócio disruptivos. Não! O empreendedor deve levar em consideração tudo o que se está vivendo, e pensar como ganhar nisso.
Pare de pensar nas limitações que seu negócio sofre, e comece a questione como aproveitar a tecnologia disponível.
Não pare no tempo
Ter empresa é inovar sempre! Aposto que você já deve ter ouvido isso em inúmeros seminários sobre empreendedorismo de sucesso.
Muitos empreendimentos ficam para trás por não compreender as mudanças no ar. São um tipo de empreendedor que não sabe decifrar como essas mudanças impactam nos negócios.
Quem está apenas aguardando o momento ruim passar sem pensar em se reinventar para voltar a ter o mesmo volume de compras pode ter uma surpresa ruim.
Pois o amanhã não será o mesmo quando tudo isso tiver acabado.
Enquanto isso, o empreendedor que se arriscou e está está aproveitando esse momento para buscar novas formas de fazer negócios vai conseguir uma fatia maior do mercado quando tudo estiver mais claro.
Mais ainda, ele já leva consigo a experiência e o know how, depois de passar pela fase de erro e acerto.
A principal dica para pensar em um empreendedorismo dentro da low touch economy é não ter medo da tecnologia.
Tenha em mente a low touch economy antes de empreender
Se o seu negócio é refeições, procure um app de delivery, se o seu negócio é varejo, busque o que é necessário para iniciar seu e-commerce, se você é um especialista, busque a melhor plataforma para vender cursos a interessados e se você depende do B2B para fazer gestão empresarial de estoque, por exemplo, busque o melhor ERP online para lhe auxiliar.
O ERP é apenas o instrumento onde o empreendedor irá utilizar seu plano de negócios e marketing de vendas. Não é preciso ter medo, mas sim, ter domínio daquilo que é útil para o seu negócio.
Por exemplo, ter controle do seu fluxo de caixa, CRM de clientes, fornecedores, aspectos fiscais, financeiros e etc.
Não tem volta ‘ao normal’
Por mais que o comércio esteja reabrindo, não pense que sua loja terá o mesmo volume de vendas que o ano passado. Existe um receio natural das pessoas saírem às ruas até que um remédio de efeito comprovado, ou que uma vacina contra o coronavírus seja descoberta. De acordo com informações do site Board of Innovation estamos falando aqui de um tempo de espera entre 18 e 24 meses.
Sua empresa tem capital de giro o suficiente para manter tudo como está até que a vida retorne ao que era? Acredita que os hábitos dos consumidores irão retornar a ser exatamente ao que eram antes da pandemia?
Interligados digitalmente, mas distantes fisicamente
E o que os pequenos negócios, médios e grandes empreendedores têm de fazer até lá para continuar a atrair clientes? O de sempre: inovar, adaptar e descartar o que já não funciona mais.
Não estamos dizendo que o estilo tradicional de venda irá desaparecer. Mas ele nunca mais será o mesmo. Agora, existem novos hábitos de consumo a se observar!
Os empreendedores precisam repensar o valor daquilo que eles vendem ao cliente. Se todos já estão com sua presença online voltada para vendas e prestação de serviços, como posso me diferenciar dos outros e ser bem sucedido?
Seu empreendimento não levou isso em conta?
Antes de tudo, há dois cenários possíveis aqui. você ainda está pensando em tirar seu negócio do papel mas ainda não sabe como por conta da pandemia, ou você já tem seu negócio estabelecido e o mesmo anda em crise pois você não vê saída para seu modelo de negócios atual na situação que tudo está.
Para as duas situações o plano estratégico é o mesmo:
Avaliação
Não tire conclusões precipitadas ou tente fazer previsões somente com base o seu achismo. Pesquise e estude bastante sobre como a situação econômica atual está afetando, ou irá afetar seu empreendimento.
Faça um comparativo com seus rivais que, de alguma forma, já estão inseridos dentro da low touch economy antes de você e colhendo os frutos.
Como toda a estrutura de consumo, de fornecimento de parceiros, e procura pelo produto ou serviço foi afetada? Quais são as alternativas para a solução no empreendedorismo da low touch? Onde eles acertaram e eu errei?
Elabore um novo plano de negócios
Talvez novo plano de negócios seja um exagero, mas inclua algumas coisas nele enquanto há tempo. Por exemplo, a utilização de um sistema de gestão empresarial que permite recebimento e envio de pagamento, a criação de notas fiscais eletrônicas e o controle do seu estoque.
Além disso, um CRM na estrutura do funil de vendas é essencial para que novas aquisições de clientes ocorra sem maiores problemas.
Busque a estrutura necessária para levar seu negócio adiante
Seu plano de negócios também deve incluir a busca pelos clientes onde eles estão para dispor da melhor experiência dele com você. Sendo assim, invista o quanto puder na automação de processos para estar em consonância com o mundo digital e interconectado.
Low touch não é o mesmo que no touch. O cliente ainda deve ter contato com seu negócio, por isso a empatia é fundamental na hora de abordá-lo nesse momento delicado.
Coloque em prática
Não há momento ideal para iniciar um próprio negócio. Essa também é uma velha lição do empreendedorismo. Portanto, a crise não é um empecilho, mas uma oportunidade de se fazer novos negócios.
Mais ainda, volte um pouco e reveja outras tantas crises econômicas que já aconteceram ao longo da história. Busque inspirar-se em empresas que cada vez que se encontraram um caminho para solucionar as limitações de sua época. Veja como sua atitude foi sempre a de enxergar o copo sempre meio cheio, e não o contrário.
Busque novos parceiros de negócio que têm algo a lhe oferecer na indústria 4.0. Desde sócios até outras empresas B2B que possuam um perfil flexível capaz de oferecer suporte para o empreendimento.
Conclusões
É importante que o empreendedor reflita sobre os novos caminhos que o consumo mundial aponta. Há necessidade real de ‘ler’ o que acontece e adaptar seu negócio para a realidade da low touch. Por fim, por mais que haja incerteza quanto ao futuro, sempre existe oportunidades no empreendedorismo.