Se os últimos meses deste ano revelaram uma realidade, foi sobre os empreendimentos brasileiros foi a imaturidade de uma série de negócios quanto a presença online. Estamos falando aqui de pequenos negócios tão comuns por todo o Brasil: mercadinhos, papelarias, lojas de roupas e sapatos, lavanderias e distribuidoras.
São aqueles negócios de bairro muito tradicionais que viram seus clientes sumirem por conta da pandemia e da política de distanciamento social necessárias para frear o avanço do coronavírus. Possuir um sistema multicanal de comunicação com seus clientes é uma necessidade. O empreendedor mais velho precisa estar atento a buscar aquele cliente pelos canais que o cliente está acostumado a usar!
Você deve conhecer um bocado desses estabelecimentos em sua vizinhança. Volta e meia, encontramos o que estamos precisando em suas prateleiras e balcões.
E com uma vantagem: dá para ir a pé. Porém, esses negócios estão de portas fechadas e, para que sobrevivam o durante e o pós-crise, é preciso que elas se mantenham ativas. Ou seja, vendendo.
Se antes esses empreendimentos usavam a tecnologia apenas para o básico de seus processos administrativos e contábeis, agora tem o desafio de se digitalizar, sendo o e-commerce uma possível solução para que continuem entregando seus produtos e serviços.
“É preciso conhecer as ferramentas digitais que já existem para abrir a possibilidade da venda online. Ou assumir o risco de fechar as portas definitivamente, dependendo do tempo que seremos obrigados a ficar em casa”, explica Melina Alves, CEO da DUXcoworkers.
Se pensarmos que seu negócio tenha uma clientela fiel ao seu redor, como é o caso de mercearias, o interessante é abrir canais em redes sociais como o Instagram e o Facebook, por exemplo, onde exista a possibilidade de não apenas a divulgação do seu negócio, como a comunicação com os seus clientes próximos.
Ao contrário do que parece, criar perfis em plataformas não garante sua presença online por si só. É preciso que seu negócio se comunique de maneira coerente com seus clientes. Existe toda uma ‘regra de etiqueta’ quando falamos de redes sociais distintas. O que serve para ser postado em um Facebook, por vezes pode não ser adequado ao Twitter ou ao Instagram.
“Não saia atirando no desespero sem pensar. Porque muitas vezes tudo o que um empreendedor tem é só o nome dele, é a construção dessa personalidade atrelada a relação de venda, a relação de experiência do consumidor diante aquele ponto físico. Quando isso vai ser levado para o digital é importante que isso também tenha consistência. Que essa narrativa seja presente independente do canal que foi eleito.Vale pensar e escolher o canal que melhor representa essa identidade”, continuou Melina Alves.
Ser digital tornou-se obrigatório. Se seu negócio ainda não está no mundo digital, corra que ainda há tempo.
De produtos a serviços, tudo pode ser vendido de forma online, acredite, tudo. Grandes empresas facilitaram a adesão de pequenos negócios em seus marketplaces, como, por exemplo: o Magazine Luiza. O Sebrae SP também oferece uma plataforma de venda / serviços para quem está fazendo os cursos online.
Se você era resistente ao mundo virtual, mude já. Use e abuse das ferramentas e das plataformas que permitem você vender sem altos investimentos - Instragram, Facebook, e Whatsapp Bussines.
“Sempre que a empresa entrar no novo canal ela precisa entender qual é a ética de uso daquele ambiente. Para que ela não tente criar um mecanismo muito fora do esperado pela comunidade que já está ali. E aí você pode não ser bem recebido por isso. É preciso ter cuidado na relação de uso dos canais”, pondera Melina.
Trabalhar sua marca nunca foi tão importante, ter uma marca forte e com boa reputação, é importantíssimo. Qual o propósito do negócio que sua marca representa? O que além de buscar vendas, sua empresa ou marca tem feito pela sociedade?
Agora a dica de ouro, reavalie os custos e gastos do seu negócio. Cuide do fluxo de caixa, renegocie suas despesas fixas, reveja seus preços.
Você irá descobrir que há várias alternativas de venda dos seus serviços ou produtos utilizando múltiplos canais online.
No ambiente de trabalho físico entre funcionários e clientes, a convivência diária entre esses diferentes atores, as conversas e a linguagem corporal compõem uma quantidade surpreendente de comunicação interpessoal.
Sem essas muletas, é preciso dar mais atenção à estratégia regular de comunicação digital para tentar simular algo que reflita em uma boa experiência dos clientes com você.
Por fim, os pequenos erros fazem parte do processo até se achar o tom ideal. Não será uma tarefa fácil, mas longe de ser uma das mais difíceis.
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